terça-feira, 31 de maio de 2011

Raining Blood

Chove sangue a toda hora
Nesse dia nublado
Há corpos por toda cidade
E ninguém sabe o que está acontecendo

Tudo começou nessa madrugada
Quando acordei com pessoas gritando
Vi a janela vermelha
E vi minha mãe entrando em desespero

Meu irmão estava na rua
E ela estava desesperada
Ela resolveu sair a procura dele
E disse que eu não deveria sair até que ela voltasse

Ela não voltou, e já faz horas que ela saiu
E acho que ela não vai mais voltar
Não tive tempo de contá-la sobre o anjo
Que na noite anterior, veio me visitar

Ele disse que isso aconteceria
E que quem não estivesse em casa iria morrer
E disse que a chuva de sangue
Levaria suas almas

Peguei minhas bonecas
E esperei que o anjo voltasse
Já tinha perdido tudo
Só esperei que ele me buscasse

Mas ele também não voltou
Fiquei assustada, abracei minhas bonecas com força
Até que finalmente eu entendi
Que ficaria ali, sozinha, pra sempre

Dia de Cão (história)

Hoje resolvi postar algo diferente, fiz uma pequena história na aula de português e ficou muito boa, então resolvi postar aqui, então, espero que gostem ^.^

Dia de Cão

Terça-feira, 12 de agosto de 2010, deveria ser um dia normal pra mim, como qualquer outro, era o que eu pensava, era o que eu esperava, era óbvio para mim, afinal, toda droga de dia era a mesma coisa, mas esse não foi. Acordei no mesmo horário de sempre, tomei o mesmo café de sempre e fui trabalhar, mas no meio do caminho, o meu carro enguiçou, e não havia nenhuma oficina por perto, então o empurrei até o estacionamento e peguei um ônibus lotado de pessoas. A aglomeração, o suor, o cheiro desagradável que vinha das axilas suadas dos que se seguravam para não caírem na próxima freada brusca do motorista gordo e fedorento. Parecia uma aglomeração de condenados no inferno, esperando a sua sentença. Fiquei aliviado ao sair daquele ônibus e chegar ao trabalho, mas antes não tivesse ido. Ao chegar na minha sala, me deparo com uma menina jovem, loira e muito bonita, mas simplesmente não consigo entender o que ela faz ali, até que meu chefe aparece e me explica que ela é a nova contadora da empresa, em outras palavras, fui demitido, depois de anos me dedicando a aquele emprego de merda, com um salário ridículo para agora ser substituído por uma moça cujas certamente as duas únicas habilidades que tinha era usar roupas justas e dormir com o chefe do departamento de contabilidade. Peguei minhas coisas e voltei pra casa em mais um ônibus de condenados, para ao chegar em casa, me deparar com a minha mulher na cama com outro homem. Depois de uma longa discursão, peguei minhas coisas e fui embora, me arrependendo da infelicidade de ter posto o apartamento no nome dela. Quando voltei para buscar o carro no estacionamento que deixei, encontrei o carro todo destruído e com peças faltando e pra completar, quase que no mesmo instante, um homem aparece e rouba todos os meus pertences. Esse foi o meu dia, meu maldito dia, meu dia-que-se-danem-todos, mas para o mundo, foi só mais um dia.

sábado, 28 de maio de 2011

Primavera



As flores estão desabrochando
A neve se esvaindo
A primavera está chegando

As fadas dançam na floresta
É tempo de celebração
A primavera está chegando!

Não há mais tristeza
Ela foi levada com o frio
É tempo de festa!

Fogueiras serão acendidas
As sacerdotisas comandam os rituais
Para celebrar a chegada da primavera

Que comecem as celebrações!
Que os deuses sejam louvados!
O inverno se foi!

Mas uma vez nos reuniremos
Para agradecer aos deuses
Por trazer a primavera novamente

E assim que ela se for, lamentaremos sua partida
Mas sabemos que ela retornará
E com ela, as fadas que irão anunciar que a primavera retorna! 

Desejo Assassino

Vi a menina com seu violino na janela
A tocar uma linda música
Na noite escura e bela

Meu desejo por ela aumentava
Ao ver sua inocência, seu corpo jovem
Que carregava uma cruz dourada

Então quis me apoderar de sua alma
Quis torturar cada pedaço dela
Apenas por querer, por diversão, por prazer

Quando finalmente a tive em meus braços
Pude aproveitar cada centímetro dela
E depois sentir seu sangue jorrar na minha cara

Após sua morte, a deixei em uma ponte qualquer
Ninguém sentiria falta dessa menina
Nem chegou a ser mulher!

Dias depois, passei por aquela ponte
E vi seu corpo em estado de putrefação
E senti uma leve dor no peito, perto do coração

Me perguntei por que fiz aquilo, mas nunca entendi
Foi apenas um desejo assassino
Que sem hesitar, atendi