segunda-feira, 14 de maio de 2012

Alone


Se eu adoecesse
Quantos iriam me visitar?
Se eu morresse
Quantos iriam ao meu velório
E lá só estariam as moscas
Pelo cadáver pútrido

Ninguém de fato se importa
Acho que não há laço de fato
Fora da minha família
Que eu possa chamar de amizade
Ninguém de fato se importa

Me sinto sozinha
Não importa em qual multidão
E parece que não há ninguém
Que possa mudar isso
E minhas expectativas
Nunca foram atendidas

Eu estou só
Eu não tenho ninguém
Eu quero dormir
Porque meus sonhos
Me acompanham mais do que as pessoas

Estou cansada
O mundo me chateia
Suas tragédias me deprimem
As pessoas são cada vez menos
Insignificantes bactérias
Comparadas com o que há de fora daqui

As pessoas são sujas, traiçoeiras
Não prestam, quero ficar só
Conversar sozinha me faz melhor
Do que trocar palavras sem importância com os outros
E no final  ninguém vai se importar mesmo...

Eu. Estou. Só.